sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

A Bíblia usada como cartomancia


Nas minhas andanças evangélicas, conheci uma pessoa que se tornou muito querida minha. O problema é que ela tem o hábito de orar por um determinado assunto, abrir a Bíblia e, no versículo em que cair, significará o futuro de Deus para mim sobre o determinado assunto o qual pedi oração.

No começo, achava algo maravilhoso: o Senhor me falar diretamente pela Sua Palavra. Mas, depois que me desfiz de tantos ensinos heréticos, descobri que este é mais um. Isto é usar a Bíblia como cartomancia.

Pra quem não sabe, cartomancia é a prática de adivinhação através de cartas. No caso em que relatei, a pessoa faz adivinhações usando versículos da Bíblia (claro, sempre de forma positiva). Infelizmente, esta minha amiga acredita que está fazendo algo impulsionado pelo espírito de engano, mas não é; isto é puro sinal satânico.

Não concordo com reuniões onde dizem para você: “tire aí uma palavra, irmão? E também com versículos dados “de presente” quando alguém faz aniversário. Sempre será de forma positiva, o que é errado.

Paulo ensinou a Timóteo como que se deve “ler a Bíblia”: o versículo que se encontra em II Timóteo 3:16-17:

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.”

Nós devemos aprender com a Palavra de Deus, a ponto de recebermos a repreensão ou consolo com os seus versículos, não tirar proveito com alguns versículos (vistos como positivos, de unção, de vitória) para a nossa felicidade gospel. Devemos ter a Sã Doutrina em nossos corações para que nos afastemos de tanta heresia que há por aí, como fizeram os bereianos (Atos 17:10-15)

Enfim, não podemos “tirar uma palavra” da Bíblia, nem usá-la como os cartomantes fazem com suas cartas. A Palavra de Deus é para ser lida, meditada e observada em todo o tempo (Salmo 1:2; 119:2). Devemos aceitá-la como ela é, sem adequá-la à nossa vida pecaminosa.

By Marcia Moreira

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