quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Fanny Crosby, a verdadeira "compositora gospel"


Frances Jane Crosby (24 de março de 1820 – 12 de fevereiro de 1915) também conhecida como Fanny Crosby, foi uma compositora lírica conhecida por tornar-se a maior autora de hinos sacros de toda a História, a despeito de ter sido cega desde criança.

Com notável grande facilidade em escrever, algumas canções surgiam em poucos minutos. Sua vida foi tão impressionante quanto a qualidade e quantidade de seus hinos.

Ao todo são quase nove mil hinos e poemas, o que faz dela um dos maiores nomes entre os escritores de hinos da história da igreja. Seus escritos incentivam a mudança de vida de pecadores, encorajam cristãos e inspiram toda a humanidade até os dias de hoje. Alguns de seus hinos encontram-se publicados no hinário cristão Cantor Cristão.

Entre as histórias de autores de hinos evangélicos, nenhuma história é tão impressionante como a de Fanny Jane Crosby. Apesar da sua deficiência física, foi uma mulher de extraordinária capacidade e de uma fé inabalável.

A mensagem do Evangelho foi plantada no coração da jovem Fanny, por intermédio de sua avó. Era ela quem passava horas lendo Bíblia para a menina, que demonstrava ter uma memória extraordinária: decorou diversos trechos do Livro de Rute e dos Salmos. Aos 15 anos, ela entrou para o Instituto de Cegos de Nova Iorque, para onde voltaria anos depois para ensinar Inglês e História. Como aluna e professora, Fanny passou 35 anos na mesma escola.

Fanny era membro da Igreja Episcopal Metodista, de Nova Iorque. Ela era uma oradora devota e freqüentemente preparava os cultos infantis da igreja. Em 1864, por influência do famoso evangelista, escritor e compositor William Bradbury, que tem dezenas de canções registradas nos hinários e cantores cristãos até hoje, Fanny passou a escrever exclusivamente músicas sacras. Apaixonada por crianças e motivada pela perda irreparável de seu filho, a compositora criou um estilo próprio: "Achei que as crianças também tinham de entender as letras e as melodias teriam de ser simples também." Ela esforçou-se para retratar os temas do céu e o retorno de Cristo com palavras simples.

Nunca fez questão de remuneração adequada. Morava em lares muito simples, vivia modestamente e dava muito do que recebia aos outros. Não se gabava na sua fama. Conheceu mais de um Presidente do seu País. Foi a primeira mulher a falar diante do Senado dos Estados Unidos. Pregava nos púlpitos de grandes igrejas e fez conferências em muitos lugares. À sua própria maneira, tornou-se um dos evangelistas mais proficientes da sua época. Amava o trabalho das missões como o Exército de Salvação, Associação Cristã de Moços, e a famosa Bowery, que trabalhavam com os alcoólatras e necessitados. Cooperava nestes trabalhos, dando muito de si.

O número extraordinário de composições da autora pode ser explicado não só pelo ímpeto criativo de Fanny, mas também pelo fato de ela ter um contrato de trabalho com uma editora, a Biglow & Co., que a obrigava a entregar três composições novas a cada semana. Ela chegou a compor sete canções em apenas um dia. Como de hábito, não iniciava seu trabalho sem antes dedicar horas à oração.

Curiosamente, Fanny não escrevia as letras de seus hinos, por nunca ter dominado o método Braille. Dona de uma memória extraordinária, memorizava-as facilmente.

As melodias acrescentadas aos poemas fizeram com que eles entrassem para história. Dentre os seus hinos destacam-se os seguintes e constam nos seguintes hinários:
A Deus demos glória: Hinos para o Culto Cristão 228, Cantor Cristão 15, Novo Cântico 42, Salmos e Hinos 233.
Junto a Ti: Hinos para Culto Cristão 375, Cantor Cristão 286, Salmos e Hinos 359.
Que segurança: Hinos para Culto Cristão 417, Cantor Cristão 375, Louvai ao Senhor 107: Novo Cântico 144, Salmos e Hinos 409.
Quero estar ao pé da cruz: Hinos para Culto Cristão 395, Cantor Cristão 289, Novo Cântico 107, Salmos e Hinos 362.
Quero o Salvador comigo: Hinos para Culto Cristão 347.

Fanny Crosby, que ministrou e continua a ministrar ao mundo todo com suas mensagens que "tocam o coração", poucos dias antes da sua morte, numa visita de obreiros, falou estas palavras muito significativas:

Creio que a maior bênção que o Criador me proporcionou foi quando permitiu que a minha visão externa fosse fechada. Consagrou-me para a obra para a qual me fez. Nunca conheci o que é enxergar, e por isso não posso compreender a minha perda. Mas tive sonhos maravilhosos. Tenho visto os mais lindos olhos, os mais belos rostos e as paisagens mais singulares. A perda da minha visão não foi perda nenhuma para mim.


Fanny faleceu em Bridgeport, Estado de Connecticut em 12 de fevereiro de 1915, aos 94anos. A pedra da sua sepultura é simples, como pedira; tinha simplesmente as palavras Aunt Fanny – She Did What She Could. (Tia Fanny - Ela fez o que pôde). Em 1955, um grande monumento foi erigido sobre o seu túmulo homenageando esta serva de Deus e incluindo a primeira estrofe de "Que segurança! Sou de Jesus!".

Fonte: Wikipédia

Que bonita biografia e que belo exemplo de cristianismo. Estes "cantores gospel" da atualidade precisam ler isto para não cobrarem cachês altos por aí, né?

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