domingo, 26 de junho de 2011

Bagunça na igreja e na escola pública: tudo a ver


Estou lendo um livro sobre como tratar a variação linguística na escola e uma coisa me chamou a atenção: descobri como a educação pública se transformou em um caos e o que isso tem a ver com a igreja evangélica hoje.

Tudo começou no início da década de 1960. Até aí, só quem frequentava a escola pública era os mais ricos e abastados e, lá, só se ensinava a norma culta da língua portuguesa, as regras gramaticais que temos hoje. Ou seja, a escola ostentava um bom rigor na educação, e os alunos tiveram que se adaptar com isso, senão, não prosseguiriam com seus estudos.

A partir dessa década, os mais pobres, que começavam a ter um lugar nas cidades urbanas por meio de favelas, queriam que seus filhos frequentassem a mesma escola pública dos ricos. O problema é que esses alunos mais pobres não falavam a “mesma língua” dos mais ricos, apresentando uma variação linguística que a escola não soube tratar. Conclusão: esses novos alunos não “aceitaram” essa norma culta, fazendo com que a escola não tivesse postura em se manter a sua crença rígida. Hoje, temos salas superlotadas, alunos de diversas famílias, perfeitas ou não, com a violência tomando conta das escolas, e a profissão do professor cada vez mais superdesvalorizada. A liderança da educação sumiu para se adaptar à bagunça.

Bom, o que isso tem a ver com a igreja evangélica? Bem antes desse movimento pentecostal barulhento que temos visto hoje, antigamente, tinha-se um rigor no ensino do verdadeiro evangelho. O problema é que começou a entrar um grande número de pessoas que não aceitavam a rigidez da Palavra de Deus, fazendo com a igreja se adaptasse a esses novos membros, o que virou uma tremenda bagunça. É festa junina para arrecadar dinheiro, é marcha para simpatizantes de Deus (não dos verdadeiros que se negam e carregam a sua cruz), são várias tribos evangélicas dentre outros absurdos. Onde está a postura da liderança em amar a Palavra de Deus em vez do mundo?

Por isso que, por mais que sinta falta de uma “congregar” em uma igreja, jamais aprovo a bagunça que está nas igrejas hoje. Algo que deveria simples, de acordo com as escrituras, se transformou em um estresse marqueteiro, na preocupação com quantidade no lugar da qualidade espiritual dos membros. Como cristã, devo seguir ao mandamento do Senhor: fugir, prosseguir para o alvo, olhar para o autor e consumador da fé.

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