A Nova Zelândia só foi a esta Copa do Mundo porque a Austrália disputou as eliminatórias pela Ásia, e não pela Oceania, como era de costume. Num país de futebol amador, chegou à competição com a função clara de ser saco de pancadas e garantia de três pontos para os companheiros de grupo: Itália, Eslováquia e Paraguai. Só esqueceram de avisar os kiwis (sim, como a fruta).
Foram eliminados na primeira fase – tudo bem, passar já seria demais – mas se despediram de seu segundo Mundial (o primeiro foi em 1982) sem perder uma única partida – empataram todas, inclusive 1 x 1 contra os italianos – e terminaram com três pontos – mais do que Itália, França e Camarões.
Uma história fenomenal para um time no qual os contratos milionários do futebol passam longe. Um dos jogadores, Andy Barron, nem é profissional: o meia trabalha como bancário na Nova Zelândia e seu chefe só soube que ele jogava pela seleção do país quando o time venceu as eliminatórias da Copa. “Muitas pessoas nem sabiam que eu jogava. Até mesmo o meu chefe ficou surpreso quando me viu pela televisão e deixou recado no meu celular dizendo que quase caiu da cadeira”, contou em entrevista pouco antes de embarcar para a África do Sul. Ele e toda a delegação foram ovacionados pela torcida na volta para casa.
Fonte: Veja Online
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