Terminei de ler recentemente o livro O morro dos ventos uivantes, um clássico da literatura inglesa, única publicação da escritora e poetisa inglesa Emily Brontë (1818-1848). A história também foi filmada, sendo a versão de 1939 a melhor, com os atores Laurence Olivier e Merle Oberon nos papéis principais.
O livro narra uma história de amor entre Heathcliff e Catherine. Ele era irmão adotivo dela e, mesmo assim, foi muito maltratado por Hindley, irmão mais velho de Catherine, tratando-o sempre por “cigano”. A jovem ficara indecisa entre Heathcliff e Edgar Linton, seu vizinho mais rico; por fim, decide-se casar com Linton, fazendo com Heathcliff fuja, sem deixar pistas.
Três anos se passaram, Cathy, como era conhecida, já casada com Linton, de repente, Heathcliff aparece, já rico, de boa aparência e com o coração cheio de amargura, egoísmo e vingança.
O amor de Cathy por Heathcliff renasce, o que não podia ser concretizado. Ela morre ao dar à luz sua única filha, Catherine.
Heathcliff sofre muito, mas, mesmo assim, consegue se vingar de todos aqueles que o humilharam. No fim, acaba morrendo amargurado e sozinho.
Como perceberam, esta é uma típica história romântica. Destaco alguns traços presentes do Romantismo neste livro:
• A burguesia em ascenção - Cathy escolhe se casar com Linton por ter melhores condições financeiras em vez de Heathcliff, que era muito pobre.
• Egocentrismo - Heathcliff sempre almejou vingança contra aqueles que o humilharam.
• Amor - considerado o mais poderoso dos sentimentos
• Morte, tédio, pessimismo, melancolia, desespero.
Comparando com as Sagradas Escrituras, por ser um livro romântico, percebemos muitas obras da carne presentes. Pra começar, o sentimento de vingança de Heathcliff, além do egoísmo, são sentimentos contrários à Bíblia, a qual nos ensina que não devemos odiar os nossos inimigos, mas amá-los e orar por eles (Mateus 5:38-48). O amor descrito neste livro não é o amor cristão citado em I Coríntios 13:4-7:
“O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, nem ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”Portanto, não recomendo tomar como exemplo o “amor” citado neste livro. Somente aquele descrito nas Sagradas Escrituras, sem egoísmo, melancolia, tristeza e morte, isto é, o verdadeiro amor de Deus, que nunca morre.
By Marcia Moreira
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