A Secretaria de Educação de SP não dá números para “preservar as escolas” e anuncia mediadores de conflitos
Professor com medo de aluno. Esse é o clima em escolas públicas da região de Campinas. Um estudo, feito pelo Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo, revela que 34% dos professores campineiros já foram agredidos fisicamente por alunos e 58,3% já sofreram agressão verbal. Os casos são tão frequentes que professores e diretores tratam as ocorrências como caso de polícia.
Em Paulínia, no início do ano, uma professora teve de ser escoltada por GMs da escola pra casa, após ter sido ameaçada por alunos. O caso de Paulínia não é isolado. Um professor de matemática de Sumaré, que não quer se identificar, foi ameaçado por um aluno do ensino Médio, em março. Por impedir o estudante de usar o celular na sala, foi empurrado na parede e o aluno avisou que se vingaria.
“Acho que é obrigação da escola registrar BO. Eu fiz porque esse tipo de atitude é coisa de bandidagem”, disse.
Não só professores estão na mira. P.F.D. é inspetora numa escola estadual em Campinas. Em abril, foi ameaçada por um aluno e levou o caso pra polícia. “Essas agressões não vão dar em nada. Mas é crime”, disse. Para a Diretora do sindicato, Suely Fátima de Oliveira, nos últimos meses, a gravidade e a frequência das agressões aumentaram. O sindicato tem um site onde o professor registra casos de violência, mas ela recomenda fazer o BO.
A Secretaria de Educação de SP não dá números para “preservar as escolas” e informa que cada uma terá um professor pra mediar conflitos.
Fonte: UOL
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