Estive meditando sobre fanatismo e direção de Deus, coisas totalmente diferentes, mas que, infelizmente, muitos seguem o caminho do primeiro em vez de deixar Deus direcionar as nossas vidas.
Um exemplo disso é sobre a morte prematura de uma estrela em ascensão na década de 1930 chamada Jean Harlow. Confesso que admiro muito a atuação desta jovem atriz, que morreu de insuficiência renal devido aos maus tratos causados pelo marido. Era uma morte que poderia ter sido evitada se sua mãe, uma fanática religiosa, não tivesse levado Jean ao médico a tempo.
Um outro exemplo é o da minha prima que descobriu que sua filhinha tinha nascido com problemas nas pernas, recebendo o conselho médico para usar talas para que, com o tempo, as pernas ficassem boas e pudesse andar. Mas ela decidiu esperar pelo "milagre que vem de Céu", e hoje, a minha priminha continua com as pernas debilitadas, sem condições de andar. Será que a direção de Deus não seria seguir os conselhos médicos?
Agora, um exemplo de seguir a direção de Deus. Neste final de semana, estava com uma dor horrível e descobri um pequeno inchaço. Comecei a orar, pedindo a Deus que me curasse. Então, tive febre e percebi que a solução era ir ao pronto-socorro. Fui com a minha mãe, relatei tudo para a médica e o resultado foi um furúnculo. Recebi a receita médica, fui à farmácia (gastei R$ 56,00!) e, agora, estou bem melhor, graças a Deus. Isso não é direção de Deus?
Acredito as pessoas relacionam direção de Deus com "milagre que vem do alto", sem auxílio dos homens, querendo desafiar a medicina. Ora, se temos os médicos para nos ajudarem, por que será que muitos não acreditam que a direção de Deus é procurá-los? Paulo, o imitador de Cristo, quando escreveu uma carta a Timóteo, aconselhou o amigo, que estava mau do estômago, a tomar vinho, não a orar sem cessar para receber o milagre. Deus nos direciona de muitas formas, é só ter discernimento e não ser fanático religioso.